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O que é Depressão?


Hoje é quase impossível não conhecer ninguém que não tenha tido contato com a depressão ou alguém com. A depressão é uma epidemia mundial que priva as vidas de significado e alegria e pode até matar. Segundo estudos durante os últimos 50 anos correspondem a um aumento no individualismo e a uma perda significativa da conectividade social.


A anatomia da depressão


A depressão não é apenas um ou dois sintomas, trata-se de uma constelação de diferentes pensamentos, sentimentos, comportamentos e experiências.


Os principais sintomas são: Sentimentos de inutilidade ou culpa; Dificuldade de concentração ou de tomar decisões; Fadiga ou baixa energia; Insônia ou hipersonia (sono aumentado); Perda de apetite, perda de peso ou ganho de peso; Agitação ou retardo psicomotor Pensamentos de morte ou de suicídio.


Existe um sistema para avaliar e classificar para chegar a um diagnóstico técnico, como o período de duração, sintomas, disfunção fisiológica como desequilíbrio na tireoide, falta de vitaminas, o que mais está acontecendo na vida do paciente nesse momento. Por exemplo, geralmente não diagnosticamos como deprimido alguém que esteja sofrendo após a perda de uma pessoa amada, a menos que a depressão dure um tempo excepcionalmente longo. Existem vários tipos de depressão como: transtorno depressivo maior, transtorno distímico, depressão pós-parto, Períodos depressão do transtorno bipolar.


As causas da depressão


A depressão está relacionada à química do seu cérebro. Diferenças nos seus níveis de serotonina, noradrenalina e outras substâncias químicas podem deixá-lo mais propenso à depressão.


Para simplificar podemos encarar dessa forma: Existem três grupos de neurotransmissores que são importantes ao afetar a depressão: noradrenalina, serotonina e dopamina, e todos esses fazem parte da classe das monoaminas. Pense no cérebro como consistindo de neurônios (células nervosas) que se comunicam entre si em um espaço que chamamos de sinapse. É claro que a ciência por trás disso é muito complexa. Pesquisas recentes indicam que a depressão pode ser afetada pela comunicação entre neurônios que ativam genes específicos. Também existem outras fatores:

Pais de filhos deprimidos também são deprimidos. Pais que não são afetivos, que não dão valor aos sentimentos e que são excessivamente controladores ou críticos tendem a criar filhos que se tornam adultos deprimidos. Pais lhe deram mensagens confusas – “Eu te amo, mas não me incomode agora”. Abuso sexual durante a infância também é um preditor significativo de depressão. Pais se divorciaram, se separaram ou morreram durante sua fase de crescimento. Um fator importante é como você foi cuidado posteriormente: se a perda de um dos pais acarretou um decréscimo nos cuidados, no carinho e na atenção.

Embora seja verdade que lembranças de experiências infantis pode afetar o humor atual do indivíduo, não podemos desconsiderar que você está deprimido agora, portanto tem maior probabilidade de lembrar eventos negativos no passado, pesquisas sugerem que o viés na lembrança não é a primeira razão para que os adultos deprimidos relatem tais experiências infantis difíceis.


Segundo pesquisas às mulheres têm maior probabilidade de sofrer de depressão do que os homens, por inúmeras razões, desde as alterações hormonais femininas até o fato de que as mulheres tendem a ter menos poder na sociedade, vulnerabilidade do que os homens, e talvez tenham maior inclinação para ruminação.

Contudo, mulheres e homens podem obter os mesmos benefícios com psicoterapia e medicamentos.


O que provoca um episódio depressivo?


Existem inúmeros fatores que contribuem para um risco mais elevado.

Além da questão genética como falado anteriormente, existem fatores externos como: Ficar viúvo, divorciar-se ou separar-se, conflito sério no relacionamento, você sabia que às mulheres que vivenciam conflito em seu casamento têm uma probabilidade 25 vezes maior de se deprimirem do que aquelas em casamentos sem conflitos, e as que têm dificuldades com seus filhos também estão em risco aumentado. Estar desempregado também é um fator, pois o desemprego significa não só uma perda de renda, mas também uma perda de identidade, de contato e de sentimento de realização. Pessoas deprimidas têm maior probabilidade de ter estilos de vida pouco saudáveis, o que inclui fumar, ser inativo e ter uma dieta deficiente. A depressão também coloca você em risco maior de desenvolver doença de Alzheimer e acidente vascular cerebral.


A depressão não é, em geral, uma experiência que ocorre uma única vez, muitas pessoas têm episódios recorrentes de depressão, sendo que alguns duram meses ou mesmo anos. A depressão é, no mundo todo, um dos principais pesos para toda a vida, superada somente por condições perinatais (ou relacionadas ao nascimento), infecções respiratórias inferiores, doença cardíaca isquêmica, doença cerebrovascular, HIV/aids e doenças diarreicas


A depressão assume a forma de pensamentos autocríticos, de indecisão, de baixa energia, de tristeza, de retraimento, de perturbação do sono, de irritabilidade e de outros sintomas. Você não vai se sentir melhor imediatamente. Sentir-se melhor é ir melhorando um pouco de cada vez, e nem sempre tem a ver com se sentir melhor imediatamente. Você poderá ter de agir melhor antes de se sentir melhor. Isso significa tornar-se um pouco menos autocrítico, um pouco mais esperançoso, fazendo um pouco mais. É um progresso, mas nem sempre um progresso constante. É simplesmente avançar. E o passo adiante mais importante, por enquanto, é praticar novas formas positivas de pensar, de se comportar e de interagir com as pessoas.



Base teórica e técnicas descritas nos livros "Vença a depressão antes que ela vença você" do autor Robert L. Leahy e Depressão: Causas e tratamento de Aaron T. Beck, Brad A. Alford.

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