O termo fobia refere-se a um medo intenso e persistente de um objeto, circunstância ou situação específicas. Alguns medos universais são: ruídos, escuridão, lugares elevados, determinados animais, insetos, mudanças bruscas no ambiente etc. No caso da fobia especifica, esse medo ou ansiedade é desproporcional em relação ao perigo real apresentado pelo objeto ou situação.
Os critérios diagnósticos que envolvem o transtorno de fobias específicas são:
1- Medo ou ansiedade acentuado acerca de um objeto ou situação (p. ex. voar, alturas, animais, tomar uma injeção, ver sangue).
2- Medo ou ansiedade acentuado acerca de um objeto ou situação (p. ex. voar, alturas, animais, tomar uma injeção, ver sangue).
3- O objeto ou situação fóbica é ativamente evitado ou suportado com intensa ansiedade ou sofrimento.
4- O medo ou ansiedade é desproporcional em relação ao perigo real imposto pelo objeto ou situação específica e ao contexto sociocultural.
5- O medo ou ansiedade ou esquiva é persistente com duração mínima de seis meses.
6- O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
O sintomas físicos no quadro clínico dos medos fóbicos, são:
· Taquicardia
· Sudorese quente ou fria,
· Taquipneia,
· Vasoconstrição das extremidades resultando em extremidades frias e/ou palidez,
· Midríase,
· Piloereção e aumento do peristaltismo (diarreia)
Os sintomas musculares:
· Dores, contraturas
· Tremores
· Trepidação;
Os sintomas sinestésicos:
· Parestesias,
· calafrios e amortecimentos; e, em alguns casos, os sintomas cardiorrespiratórios: sensação de sufocamento; falta de ar. Dor, aperto no peito, vazio no estômago e urgência em urinar também são sintomas comuns.
Os principais sintomas psíquicos envolvidos nos processos cognitivos nas fobias são:
· Tensão
· Nervosismo,
· Apreensão,
· Insegurança,
· irritação,
· Dificuldade de concentração,
· Sensação de estranheza,
· Despersonalização,
· Desrealização,
· Preocupação,
· Dificuldades de memória,
· Sensação de morte iminente,
· Medo de perder o controle e fica louco, a pessoa catastrofiza e antecipa negativamente o futuro.
As principais técnicas empregadas no tratamento das fobias específicas são:
· Avaliação detalhada dos medos, ansiedades relacionados às fobias,
· Identificação de pensamentos automáticos negativos,
· Atitudes disfuncionais, a auto eficácia, a autoafirmação,
· Teste de aproximação comportamental,
· Relação terapêutica, nesse caso, funciona como o redutor de ansiedade, nas sessões.
· Dessensibilização por imagem,
· Hiperexposição,
· Modelação,
· Uso de técnica de manejo de estresse
· Relaxamento no controle das respostas fisiológicas,
· Uso da técnica de meditação de Benson
· Relaxamento progressivo de Jacobson, entre outras.
· Terapia Cognitiva baseada em Exposição com aspectos da terapia cognitiva para redução do medo e ansiedade
Lista de fobias alguns exemplos
· acrofobia (medo de altura);
· claustrofobia (fobia de lugares fechados);
· zoofobia (medo de animais peçonhentos e outros);
· amaxofobia (medo de dirigir);
· aerofobia (medo de avião/medo de voar);
· tripofobia (medo de padrões geométricos).
· Agorafobia: medo de espaços abertos ou com multidões;
· Aracnofobia: medo de aranhas;
· Catastrofobia: medo de catástrofes e aspectos ambientais;
· Claustrofobia: medo de lugares fechados;
· Fobia social: medo de pessoas e da exposição;
· Glossofobia: medo de falar em público;
· Hematofobia: medo de sangue, injeções e feridas;
· Monofobia: medo de ficar sozinho;
· Nictofobia: medo da noite ou do escuro;
· Tanatofobia: medo da morte
Processos terapêuticos são de extrema importância, pois se promove reprocessamento emocional das situações relacionadas ao medo. Durante o tratamento, busca-se ativar os esquemas de medo, desafiar as crenças catastróficas, desenvolver avaliações e crenças mais adaptativas, com estratégias de enfrentamento, buscando fornecer novas experiências de aprendizagens sobre o medo e ansiedade e por fim reduz ou eliminar comportamentos de fuga e evitação , sendo que alguns casos podem exigir uma intervenção medicamentosa para equilibrar e ajustar as disfunções neurológicas
Não deixe de procurar ajuda profissional, se você possui uma fobia que está prejudicando sua vida, não faça diagnósticos por conta própria, quanto mais você vier a conhecer sobre sua vivência particular com a ansiedade e Fobia, você estará ao rumo à melhora. lembre-se você não está sozinho(a).
Ficou com dúvidas sobre o tratamento?
Fico à disposição
Psicóloga | Especialista em psicologia clínica - Terapeuta Cognitivo Comportamental | Telepsicologia | Atendimento Psicológico Online | CRP 08/29039 - 04199855-5683
REFERÊNCIAS
RANGÉ, B. Terapias cognitivo-comportamentais: um diálogo com a psiquiatria. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
SADOCK, B. J.; SADOCK, V. A.; RUIZ, P. Compêndio de psiquiatria: ciência do comportamento e psiquiatria clínica. 11. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
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